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A grande maioria dos católicos reconhece que nada ou pouco sabem sobre a Doutrina Católica e isto, segundo os apologistas católicos, favorece a ação proselitista e expansionista de outras religiões.

sexta-feira, 2 de abril de 2010




Existe um texto do "Evangelho Arábico da Infância de Jesus" que teve grande popularidade na Idade Média e que narra como Dymas e outro ladrão de nome Gestas, teriam assaltado a Sagrada Familia no caminho para o Egito, e que Dymas teria comprado Gestas com 40 drachmas para deixa-los ir sem molesta-los e o Divino Infante teria predito que eles seriam crucificados com Ele em Jeruzalem e que Dymas O acompanharia ao Paraíso.Quando ambos estavam na cruz, Jesus disse a ele :"Em verdede te digo que hoje estarás comigo no Paraiso."

O Evangelho fala pouco do Bom Ladrão do Calvário, bem como de muitos outros personagens. Todavia, a Tradição nos guardou seu nome, e, embora os críticos o tenham posto em dúvida, a ponto da Sagrada Congregação dos Ritos, em 1724, ordenar que o Ofício e Missa do Grande Santo fossem sob o nome de BOM LADRÃO apenas, sem contestar todavia, o nome que a tradição plurisecular nos guardou de SÃO DIMAS. É uma sábia reserva da Igreja que não veio absolutamente prejudicar a tradição. Continuamos pois com os Santos Padres e as tradições que vêm do segundo século, a chamar ao Bom Ladrão, DIMAS, SÃO DIMAS.

Quem era este Santo original, único, previlegiado que mereceu a honra de ser canonizado pelo Próprio Divino Salvador na hora solene de nossa Redenção?

Foi antes da cruz, um bandido perigoso da Palestina. De uma família de ladrões. Seu pai era chefe de bandidos – PRINCEPS LATRONUM.

Diversos Santos Padres e Autores, afirmam ter sido Dimas um dos mais perigosos bandidos da Judéia. Pelo suplício da cruz que mereceu, bem se vê que grande criminoso deveria ter sido, porque este horrível suplício estava reservado somente aos grandes criminosos e aos escravos.

Dimas, segundo muitos autores, não era judeu de nascimento. É opinião de STO. AGOSTINHO e de SÃO JOÃO CRISÓSTOMO e de EUZËBIO. Um dos sábios colecionadores das tradições cristãs, o Bispo EQUILIUM, afirma de modo absurdo que o Bom Ladrão era egípcio. SÃO JOÃO DAMASCENO afirma categoricamente: ESSE LADRÃO ERA EGíPCIO DE NASCIMENTO. Exercia o banditismo nos desertos de passagem para o Egito e aí, segundo a tradição, conheceu a Sagrada Família, e deu abrigo ao Menino Jesus protegendo Maria e S. José. Alguns Doutores e Santos Padres como S. CIRILO são de opinião que não se trata de uma lenda, mas de uma tradição venerável já do primeiro século. DIMAS recebeu em sua casa a Sagrada Família que fugia da perseguição de HERODES. Embora um celerado, tinha por costume nunca roubar, nem matar, crianças, velhos e mulheres. Há muitas lendas e belas tradições dos Evangelhos apócrifos em torno da passagem da Família Sagrada pelo deserto.

Todavia não podemos nos apegar senão às Tradições mais veneráveis e confirmadas por sérios Autores. Três coisas parecem bem confirmadas:

PRIMEIRA – Dimas foi célebre ladrão, perigoso bandido e um fraticida. Exerceu o banditismo na Judéia.

SEGUNDA – Era de origem egípcia, pagão, e não Judeu. "SÔBRE A CRUZ, diz São João Crisóstomo, DOIS LADRÕES, IMAGEM DOS JUDEUS E DOS GENTÍOS. O LADRÃO PENITENTE, A IMAGEM DO PAGANISMO, ANDANDO PRIMEIRAMENTE NO ERRO, E VOLTANDO PARA A VERDADE. O QUE PERMANECE LADRÃO ATÉ A MORTE É A IMAGEM DOS JUDEUS ATÉ A HORA DA CRUCIFIXÃO ANDARAM ELES PELO CAMINHO DO CRIME. A CRUZ PORÉM OS SEPARA".

TERCEIRA - Finalmente: É certo que abrigou a Sagrada Família no deserto e a protegeu até a entrada no Egito.

O nome DIMAS é conhecido desde o segundo século, e o grande Teólogo SALMERON, afirma que segundo as tradições mais antigas por ele estudadas cuidadosamente, os nomes dos dois ladrões do Calvário eram GESTAS e DIMAS. O Martirológio Romano diz apenas no dia 25 de Março: "EM JERUSALÉM COMEMORAÇÃO DO BOM LADRÃO QUE NA CRUZ PROFESSOU A FÉ DE JESUS CRISTO E MERECEU OUVIR ESTAS PALAVRAS: HOJE ESTARÁS COMIGO NO PARAISO". O Sábio CARDEAL BARONIO faz esta observação: "Quasi todos o chamam Dimas". O nome foi tirado dos Evangelhos apócrifos, e por isto foi omitido no Martirológio, mas não obstante, existe um certo número de altares e Igrejas com o nome e invocação de SÃO DIMAS. Foi apenas para evitar os ataques dos hipercríticos que a Sagrada Congregação dos Ritos, em 1724, suprimiu o nome de Dimas, e diz simplesmente o BOM LADRÃO. Deu permissão para que fosse rezada a Missa e recitado o Ofício do Bom Ladrão à Ordem das Mercês, aos Teatinos, e a muitos Conventos e Dioceses. A sábia reserva da Igreja diz, Mons. GAUME, em nada veio prejudicar a Tradição, e podemos e devemos invocar o BOM LADRÃO com o nome de SÃO DIMAS.

Dimas, quando encontrou a Sagrada Família no deserto e a protegeu, deveria ter vinte e cinco para trinta anos. É opinião de vários Autores que quando sofreu o suplício da cruz, deveria ter 55 a 60 anos, e teria passado no banditismo cerca de trinta a quarenta anos. Depois de perseguido pela Justiça Romana que procurava libertar a Judéia dos grandes bandidos que a infestavam, e sobretudo atacavam os Romanos e provocavam sedições.

DIMAS e GESTAS foram presos nos arredores de Jericó, e lá mesmo foram julgados. PILATOS deu ordem que fossem levados a Jerusalém para lá serem flagelados e crucificados, a fim de que servissem de escarmento aos ladrões perigosos da Região.

DIMAS e GESTAS foram algemados de pés e mãos, e lançados numa horrível prisão pública em Jerusalém, perto do Pretório de Pilatos. Nestas masmorras subterrâneas e infectas, o condenado era amarrado com correntes e preso por argolas às paredes. Da prisão saia o condenado para a flagelação e a crucificação. DIMAS foi cruelmente flagelado.

RELÍQUIA DE SÃO DIMAS

A paróquia de São Dimas recebeu uma preciosa relíquia. É uma partícula do braço da cruz em que foi pregado o Bom Ladrão. Todo dia 26 de cada mês consagrado ao culto de São Dimas é exposta à veneração dos fiéis. Aconselhamos que cada mês de 23 a 25 façam os devotos um tríduo de orações uns pelos outros pedindo graças a São Dimas.  Todo dia 26 de cada mês procurem prestar alguma piedosa homenagem ao grande Santo.

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