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A grande maioria dos católicos reconhece que nada ou pouco sabem sobre a Doutrina Católica e isto, segundo os apologistas católicos, favorece a ação proselitista e expansionista de outras religiões.

quinta-feira, 3 de junho de 2010 0 comentários


1. "Ecce panis Angelorum / factus cibus viatorum:  / vere panis filiorum Eis o pão dos Anjos, / feito pão dos peregrinos, / verdadeiro pão dos filhos" (Sequência).
Hoje a Igreja mostra ao mundo o Corpus Domini o Corpo de Cristo. E convida-nos a adorá-Lo:  Venite adoremus Vinde, adoremos!
O olhar dos crentes concentra-se no Sacramento, em que Cristo se deu totalmente a si mesmo:  Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Por isso foi sempre considerado o mais Santo:  o "Santíssimo Sacramento", memorial vivo do Sacrifício redentor.
Voltamos, na solenidade do Corpus Domini, àquela "Quinta-feira" a que todos chamamos "santa", na qual o Redentor celebrou a sua última Páscoa com os discípulos:  foi a Última Ceia, cumprimento da ceia pascal hebraica e inauguração do rito eucarístico.
Por isso a Igreja, desde há séculos, escolheu uma quinta-feira para a solenidade do Corpus Domini, festa de adoração, de contemplação e de exaltação. Festa em que o Povo de Deus se reúne à volta do tesouro mais precioso herdado de Cristo, o Sacramento da sua própria Presença, e O louva, canta e leva em procissão pelas ruas da cidade.
2. "Lauda, Sion, Salvatorem!" (Sequência).
A nova Sião, a Jerusalém espiritual, em que se reúnem os filhos de Deus de todos os povos, línguas e culturas, louva o Salvador com hinos e cânticos. Com efeito, são inexauríveis a admiração e o reconhecimento pelo dom recebido. Este dom "é maior do que qualquer louvor, não existe um cântico que seja digno" (ibid.).
Eis um mistério sublime e inefável. Mistério perante o qual permanecemos estupefactos e silenciosos, em atitude de contemplação profunda e extasiada.
3. "Tantum ergo Sacramentum veneremur cernui Adoremos, prostrados, este sacramento tão grande".
Na Sagrada Eucaristia está realmente presente Cristo, morto e ressuscitado por nós.
No Pão e no Vinho consagrados permanece connosco o mesmo Jesus dos Evangelhos, que os discípulos encontraram e seguiram, que viram crucificado e ressuscitado, cujas chagas Tomé tocou, prostrando-se em adoração e exclamando:  "Meu Senhor e meu Deus!" (Jo 20, 28; cf. ibid., 17, 20).
No Sacramento do altar é oferecida à nossa amorosa contemplação toda a profundidade do mistério de Cristo, o Verbo e a carne, a glória divina e a sua morada entre os homens. Perante Ele, não podemos duvidar de que Deus está "connosco", que assumiu em Jesus Cristo todas as dimensões humanas, excepto o pecado, despojando-se da sua glória para com ela nos revestir a nós (cf. ibid., 21, 23).
No seu Corpo e no seu Sangue manifesta-se o rosto invisível de Cristo, Filho de Deus, na modalidade mais simples e ao mesmo tempo mais nobre possível neste mundo. Aos homens de todos os tempos que, perplexos, pedem:  "Queremos ver Jesus" (Jo 12, 21), a Comunidade eclesial responde repetindo o gesto que o próprio Senhor realizou para os discípulos de Emaús:  parte o pão. Então, ao partir o pão, abrem-se os olhos de quem o procura com coração sincero. Na Eucaristia o olhar do coração reconhece Jesus e o seu inconfundível amor que se dá "até ao fim" (Jo 13, 1). E n'Ele, naquele seu gesto, reconhece o Rosto de Deus!
4. "Ecce panis Angelorum... vere panis filiorum Eis o pão dos Anjos... verdadeiro pão dos filhos".
Deste pão nos alimentamos para nos tornarmos testemunhas autênticas do Evangelho. Precisamos deste pão para crescer no amor, condição indispensável para reconhecer o rosto de Cristo no rosto dos irmãos.
A nossa Comunidade diocesana tem necessidade da Eucaristia para prosseguir o caminho de renovação missionária que empreendeu. Precisamente nos últimos dias foi realizado em Roma o congresso diocesano que analisou "as perspectivas de comunhão, formação e missionariedade na Diocese de Roma nos próximos anos". É necessário continuar a caminhar "partindo" de Cristo, ou seja, da Eucaristia. Caminhamos com generosidade e coragem, procurando a comunhão dentro da nossa Comunidade eclesial e dedicando-nos com amor ao serviço humilde e abnegado de todos, sobretudo os mais necessitados.
Neste caminho, precede-nos Jesus com o dom de si até ao sacrifício e oferece-se a Si mesmo a nós como alimento e amparo. Aliás, em todos os tempos, não cessa de repetir aos Pastores do Povo de Deus:  "Dai-lhes vós mesmos de comer" (Lc 9, 13); reparti para todos este pão de vida eterna.
Tarefa comprometedora e exaltante. Missão que permanece pelos séculos dos séculos.
5. "Todos comeram e ficaram saciados" (Lc 9, 17). Através das palavras do Evangelho, que há pouco escutámos, chega até nós o eco de uma festa que, desde há dois mil anos, não tem fim. Festa do povo a caminho no êxodo do mundo, alimentado por Cristo, verdadeiro Pão de salvação.
No final da Santa Missa também nós nos poremos a caminho no centro de Roma, levando o Corpo de Cristo escondido nos corações e bem visível no ostensório. Acompanharemos o Pão de vida imortal pelas ruas da Cidade. Adorá-lo-emos  e  à  sua  volta  reunir-se-á  a Igreja, ostensório vivo do Salvador do mundo.
Oxalá os cristãos de Roma, fortalecidos pelo seu Corpo e pelo seu Sangue, mostrem Cristo a todos com o seu modo de viva:  com a sua unidade, com a sua fé jubilosa, com a sua bondade!
Que a nossa Comunidade diocesana recomece corajosamente a partir de Cristo, Pão de vida imortal!
E Tu, Jesus, Pão vivo que dá a vida, pão dos peregrinos, "alimenta-nos e defende-nos / conduz-nos para os bens eternos / na terra dos vivos". Amen.

sexta-feira, 23 de abril de 2010 0 comentários


Quem sempre teve curisosidade de saber como é feito um ritual de exorcismo católico, eis uma pequena amostra de um deles, é importante lembrar que exorcismos só podem ser feios com autoriação do bispo local e se o indivíduo possuído permitir tal ação. Não deve ser levado como brincadeira de filmes, nem como um ritual mágico.

+ Originalmente Publicada Por Ordem de Sua Santidade o Papa Leão XIII +

O Papa, Leão XIII, anima aos sacerdotes para que rezem esta oração tão frequentemente quanto lhes seja possivel, como um exorcismo simples para limitar o poder do diabo e prevenir a sua acção maligna. Os fieis tambem podem invocar esta oração individualmente e colectivamente, com o mesmo objectivo.
Recomenda-se quando se suspeite de acçöes demoniacas causadas pela malicia entre os homens, tentaçöes violentas e até tormentas e outras calamidades.
ATENÇÃO! Pode-se usar como um exorcismo solene - uma cerimonia oficial e pública em Latin - para repelir a acção demoniaca. Neste caso deve ser invocada por um sacerdote, no nome da Igreja e só com autorização especifica do Bispo.

Oração A São Miguel Arcánjo

+ Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amen !
Grande e glorioso Príncipe dos exércitos celestes, São Miguel Arcanjo, defendei-nos "Porque para nós a luta não é contra a carne e o sangue, mas sim contra as potestades, contra os poderes mundanos destas trevas, contra os espíritos da maldade celeste." [Efes. 6, 12]. Vem e assiste ao homen que foi criado na sua imagem e a quem Ele redimiu da tiranía do demonio a um grande preço.
A Santa Igreja venera-vos como seu guardião e protector. A ti o Senhor confiou as almas dos redimidos, para que as dirijas ao Céu. Ora, portanto, que o Deus da Paz, atire satanás para debaixo dos nossos pés, para que ele não possa manter o homem em pecado e fazer mal à Igreja. Oferece as nossas oraçöes ao mais Alto, que sem demora elas atraiam a sua misericordia sobre nós, que vença o dragão, "...a serpente antiga, que é o demónio, satanás, e acorrente-o por mil anos... Lançou-o, no Abismo, a fim de que não seduzisse mais as naçöes..." [Apoc. 20: 2-3].
[Nota: "+" indica uma benção que é dada se um sacerdote invoca o exorcismo. Se um leigo a invoca, então a "+" indica o lugar onde o símbolo da cruz é feito silenciosamente pelo fiel que esteja a oferecer essa secção específica.]

E X O R C I S M O

Em nome de Jesus Cristo, nosso Deus e Senhor, fortalecido pela intercecção da Imaculada Virgen María, Mãe de Deus, do Bendito Miguel Arcanjo, dos Benditos Apóstolos, Pedro e Paulo, e de todos os Santos, confiadamente nos dispomos à tarefa de repudiar os ataques e enganos do diabo.
Salmo 67
Deus levanta-se; Os seus inimigos são derrotados e os que o odeiam, fogem ante Ele.
Como o fumo é expulsado, eles são expulsados; como a cera se derrete ante o fogo, também os malvados perecem com a presença de Deus.
V. - Contemplai a cruz do Senhor, fujam todos os Seus inimigos.
R. - Ele conquistou. O Leão da tribo de Juda. O rebento de David.
V. - Permite que a vossa misericordia, Senhor, desça sobre nós.
R. - Em proporção à nossa Esperança e fé em Ti. 

Expulsamos-vos de nós, quem quer que sejam, espíritos sujos, todos os poderes satânicos, todos os invasores infernais, todas as legiöes malvadas, assembleias e seitas; em nome e pelo poder de Nosso Senhor Jesus Cristo, + que sejam extirpados e sacados da Igreja de Deus e das almas feitas à imagem e semelhança de Deus e redimidas pelo precioso sangue do Divino Cordeiro. + Astuta serpente, não te atreverás mais a enganar a raça humana, perseguir a Igreja, atormentar aos eleitos por Deus e ceifá-los como se fossem trigo. + O Deus Mais Alto ordena-te. + Ele, com quem, na tua grande insolência, ainda reclamas ser igual. 

Deus quer que todos os homens sejan salvos e cheguem ao conhecimento da verdade. [ 1Tim. 2: 4].

O Deus Pai ordena-te. + O Deus Filho ordena-te. + O Deus Espirito Santo ordena-te. + Cristo, a Palavra de Deus encarnada, ordena-te; + Ele, que para salvar a nossa raça perdida por consequencia da tua inveja, ...humilhou-se Ele mesmo, fazendo-se obediente até à morte... [Fil. 2: 8]

Ele que construiu a sua Igreja numa rocha firme e declarou que as portas do inferno não triunfaram contra ela, porque Ele estará com ela; e conosco estará todos os dias até á consumação dos tempos. [S. Mateo 28: 20]. 

O sagrado sinal da cruz ordena-te, + como tambem o faz o poder dos misterios da fé cristã, + a gloriosa Mãe de Deus, A Virgem Maria, ordena-te; + Ela, que pela sua humildade e desde o primeiro momento da sua imaculada Concepção, esmagou a tua orgulhosa cabeça. A fé dos santos Apóstolos Pedro e Paulo e os outros Apóstolos ordenam-te. + O sangue de Mártires e a piedosa interceção dos Santos ordenam-te.+ 

Portanto, maldito dragão, e vós, legiões diabólicas, ordenamos pelo Deus vivo, + pelo Deus verdadeiro, + pelo Deus Santo, + pelo Deus que ...assim amou Deus ao mundo; até dar o Seu Filho único, para que todos aqueles que acreditam nele, não se percam, mas sim tenham a vida eterna; [S. Juan 3: 16]; deixa de enganar as criaturas humanas e derramar sobre elas o veneno da condenação eterna; deixa de ferir a Igreja interferindo com a sua liberdade. Vai-te embora satanás, inventor e mestre de todas as mentiras, inimigo da salvação do homem. 

Sai do caminho de Cristo em quem não podeste encontrar nenhum dos teus trabalhos; dá-lhe o seu lugar A Unica, Santa, Católica e Apostólica Igreja adquirida por Cristo ao preço do seu sangue. Rebaixa-te por baixo de toda a poderosa mão de Deus; treme e foge quando invocarmos o Santo Nome de Jesus, este Nome, que faz tremer o inferno, este Nome, ao qual as Virtudes, Poderes e Dominios do Céu estão humildemente submetidos, este Nome ao qual os Querubins e Serafins dizem constantemente repetindo: Santo, Santo, Santo É o Senhor, O Deus dos exércitos. 

V. - Oh, Senhor, ouve a minha oração.
R. - Permite que o meu clamor chegue até vós.
V. - Que o Senhor esteja contigo.
R. - Ele está no meio de nós. 

Oremos... Deus do Céu, Deus da terra, Deus dos Anjos, Deus dos Arcanjos, Deus dos Patriarcas, Deus dos Profetas, Deus dos Apóstolos, Deus dos Mártires, Deus dos confessores, Deus das Virgens, Deus que tem o poder de dar a vida depois da morte e descanso depois do trabalho, poque não há outro Deus além de Ti e não pode haver outro, porque Tu És o Criador de todas as coisas, visiveis e invisiveis, cujo reino não terá fim, postramo-nos humildemente perante a Tua Gloriosa Majestade e te rogamos que nos libertes com o teu poder, de toda a tirania dos espíritos infernais, das suas ciladas, das suas mentiras e da suas furiosas maldades; propícia, oh, Senhor, que desça sobre nós a Tua poderosa protecção e nos mantenhas seguros e saudáveis. Rogamos-te através de Jesus Cristo Nosso Senhor. AMEN !

Das ciladas do demónio, liberta-nos, oh , Senhor.
Que a Tua Igreja possa servir em paz e liberdade, rogamos que nos ouças, Senhor.
Que afastes a todos os inimigos da Tua Igreja, rogamos que nos ouças, Senhor.
[Água benta deve ser salpicada no lugar onde se pronuncia a oração.]

Copyright 2000 - 2009 Todos os direitos reservados por The M+G+R Foundation.
Tradutor: Miguel Jarmela Carreira
Editor: Nuno Salvador

sexta-feira, 2 de abril de 2010 0 comentários




Existe um texto do "Evangelho Arábico da Infância de Jesus" que teve grande popularidade na Idade Média e que narra como Dymas e outro ladrão de nome Gestas, teriam assaltado a Sagrada Familia no caminho para o Egito, e que Dymas teria comprado Gestas com 40 drachmas para deixa-los ir sem molesta-los e o Divino Infante teria predito que eles seriam crucificados com Ele em Jeruzalem e que Dymas O acompanharia ao Paraíso.Quando ambos estavam na cruz, Jesus disse a ele :"Em verdede te digo que hoje estarás comigo no Paraiso."

O Evangelho fala pouco do Bom Ladrão do Calvário, bem como de muitos outros personagens. Todavia, a Tradição nos guardou seu nome, e, embora os críticos o tenham posto em dúvida, a ponto da Sagrada Congregação dos Ritos, em 1724, ordenar que o Ofício e Missa do Grande Santo fossem sob o nome de BOM LADRÃO apenas, sem contestar todavia, o nome que a tradição plurisecular nos guardou de SÃO DIMAS. É uma sábia reserva da Igreja que não veio absolutamente prejudicar a tradição. Continuamos pois com os Santos Padres e as tradições que vêm do segundo século, a chamar ao Bom Ladrão, DIMAS, SÃO DIMAS.

Quem era este Santo original, único, previlegiado que mereceu a honra de ser canonizado pelo Próprio Divino Salvador na hora solene de nossa Redenção?

Foi antes da cruz, um bandido perigoso da Palestina. De uma família de ladrões. Seu pai era chefe de bandidos – PRINCEPS LATRONUM.

Diversos Santos Padres e Autores, afirmam ter sido Dimas um dos mais perigosos bandidos da Judéia. Pelo suplício da cruz que mereceu, bem se vê que grande criminoso deveria ter sido, porque este horrível suplício estava reservado somente aos grandes criminosos e aos escravos.

Dimas, segundo muitos autores, não era judeu de nascimento. É opinião de STO. AGOSTINHO e de SÃO JOÃO CRISÓSTOMO e de EUZËBIO. Um dos sábios colecionadores das tradições cristãs, o Bispo EQUILIUM, afirma de modo absurdo que o Bom Ladrão era egípcio. SÃO JOÃO DAMASCENO afirma categoricamente: ESSE LADRÃO ERA EGíPCIO DE NASCIMENTO. Exercia o banditismo nos desertos de passagem para o Egito e aí, segundo a tradição, conheceu a Sagrada Família, e deu abrigo ao Menino Jesus protegendo Maria e S. José. Alguns Doutores e Santos Padres como S. CIRILO são de opinião que não se trata de uma lenda, mas de uma tradição venerável já do primeiro século. DIMAS recebeu em sua casa a Sagrada Família que fugia da perseguição de HERODES. Embora um celerado, tinha por costume nunca roubar, nem matar, crianças, velhos e mulheres. Há muitas lendas e belas tradições dos Evangelhos apócrifos em torno da passagem da Família Sagrada pelo deserto.

Todavia não podemos nos apegar senão às Tradições mais veneráveis e confirmadas por sérios Autores. Três coisas parecem bem confirmadas:

PRIMEIRA – Dimas foi célebre ladrão, perigoso bandido e um fraticida. Exerceu o banditismo na Judéia.

SEGUNDA – Era de origem egípcia, pagão, e não Judeu. "SÔBRE A CRUZ, diz São João Crisóstomo, DOIS LADRÕES, IMAGEM DOS JUDEUS E DOS GENTÍOS. O LADRÃO PENITENTE, A IMAGEM DO PAGANISMO, ANDANDO PRIMEIRAMENTE NO ERRO, E VOLTANDO PARA A VERDADE. O QUE PERMANECE LADRÃO ATÉ A MORTE É A IMAGEM DOS JUDEUS ATÉ A HORA DA CRUCIFIXÃO ANDARAM ELES PELO CAMINHO DO CRIME. A CRUZ PORÉM OS SEPARA".

TERCEIRA - Finalmente: É certo que abrigou a Sagrada Família no deserto e a protegeu até a entrada no Egito.

O nome DIMAS é conhecido desde o segundo século, e o grande Teólogo SALMERON, afirma que segundo as tradições mais antigas por ele estudadas cuidadosamente, os nomes dos dois ladrões do Calvário eram GESTAS e DIMAS. O Martirológio Romano diz apenas no dia 25 de Março: "EM JERUSALÉM COMEMORAÇÃO DO BOM LADRÃO QUE NA CRUZ PROFESSOU A FÉ DE JESUS CRISTO E MERECEU OUVIR ESTAS PALAVRAS: HOJE ESTARÁS COMIGO NO PARAISO". O Sábio CARDEAL BARONIO faz esta observação: "Quasi todos o chamam Dimas". O nome foi tirado dos Evangelhos apócrifos, e por isto foi omitido no Martirológio, mas não obstante, existe um certo número de altares e Igrejas com o nome e invocação de SÃO DIMAS. Foi apenas para evitar os ataques dos hipercríticos que a Sagrada Congregação dos Ritos, em 1724, suprimiu o nome de Dimas, e diz simplesmente o BOM LADRÃO. Deu permissão para que fosse rezada a Missa e recitado o Ofício do Bom Ladrão à Ordem das Mercês, aos Teatinos, e a muitos Conventos e Dioceses. A sábia reserva da Igreja diz, Mons. GAUME, em nada veio prejudicar a Tradição, e podemos e devemos invocar o BOM LADRÃO com o nome de SÃO DIMAS.

Dimas, quando encontrou a Sagrada Família no deserto e a protegeu, deveria ter vinte e cinco para trinta anos. É opinião de vários Autores que quando sofreu o suplício da cruz, deveria ter 55 a 60 anos, e teria passado no banditismo cerca de trinta a quarenta anos. Depois de perseguido pela Justiça Romana que procurava libertar a Judéia dos grandes bandidos que a infestavam, e sobretudo atacavam os Romanos e provocavam sedições.

DIMAS e GESTAS foram presos nos arredores de Jericó, e lá mesmo foram julgados. PILATOS deu ordem que fossem levados a Jerusalém para lá serem flagelados e crucificados, a fim de que servissem de escarmento aos ladrões perigosos da Região.

DIMAS e GESTAS foram algemados de pés e mãos, e lançados numa horrível prisão pública em Jerusalém, perto do Pretório de Pilatos. Nestas masmorras subterrâneas e infectas, o condenado era amarrado com correntes e preso por argolas às paredes. Da prisão saia o condenado para a flagelação e a crucificação. DIMAS foi cruelmente flagelado.

RELÍQUIA DE SÃO DIMAS

A paróquia de São Dimas recebeu uma preciosa relíquia. É uma partícula do braço da cruz em que foi pregado o Bom Ladrão. Todo dia 26 de cada mês consagrado ao culto de São Dimas é exposta à veneração dos fiéis. Aconselhamos que cada mês de 23 a 25 façam os devotos um tríduo de orações uns pelos outros pedindo graças a São Dimas.  Todo dia 26 de cada mês procurem prestar alguma piedosa homenagem ao grande Santo.

quarta-feira, 31 de março de 2010 0 comentários

      
      Na Páscoa, é comum a prática de pintar-se ovos cozidos, decorando-os com desenhos e formas abstratas. Em grande parte dos países ainda é um costume comum, embora que em outros, os ovos tenham sido substítuidos por ovos de chocolate. No entanto, o costume não é citado na Bíblia. Antes, este costume é uma alusão a antigos rituais pagãos. Eostre ou Ostera é a deusa da fertilidade e do renascimento na mitologia anglo-saxã, na mitologia nórdica e mitologia germânica.
        A primavera, lebres e ovos pintados com runas eram os símbolos da fertilidade e renovação a ela associados. A lebre (e NÃO um coelho) era seu símbolo. Suas sacerdotisas eram ditas capazes de prever o futuro observando as entranhas de uma lebre sacrificada (claro que a versão “coelhinho da páscoa, que trazes pra mim?” é bem mais comercialmente interessante do que “Lebre de Eostre, o que suas entranhas trazem de sorte para mim?”, que é a versão original desta rima. A lebre de Eostre pode ser vista na Lua cheia e, portanto, era naturalmente associada à Lua e às deusas lunares da fertilidade.
         De seus cultos pagãos originou-se a Páscoa (Easter, em inglês e Ostern em alemão), que foi absorvida e misturada pelas comemorações judaico-cristãs. Os antigos povos nórdicos comemoravam o festival de Eostre no dia 30 de Março. Eostre ou Ostera (no alemão mais antigo) significa “a Deusa da Aurora” (ou novamente, o planeta Vênus). É uma Deusa anglo-saxã, teutônica, da Primavera, da Ressurreição e do Renascimento. Ela deu nome ao Sabbat Pagão, que celebra o renascimento chamado de Ostara. O coelho da Páscoa representa a periodicidade humana e lunar, a fertilidade e o renascimento da vida.
         No Egito Antigo, a lebre era o símbolo da fertilidade  e a reprodução constante da vida. Por serem animais com capacidade de gerar grandes ninhadas, sua imagem simboliza a capacidade da Igreja de produzir novos discípulos constantemente. 
Para alguns povos também simboliza a lua, que determina o dia da Páscoa no antigo Egito. Na Europa, o coelho representa o renascimento da vida, pois, como já assinalamos, a Páscoa européia coincide com o início da primavera. É a época em que a neve derrete, a vida ressurge e os coelhos deixam suas tocas após a hibernação do inverno.
A tradição do coelho da Páscoa foi trazida à América por imigrantes alemães em meados de 1700. Até o começo do século o coelho não era conhecido como símbolo da Páscoa no Brasil, isto só aconteceu a partir de 1913 com a vinda dos imigrantes alemães, que introduziram o costume no Sul do País.
Podemos concluir que todos esses símbolos de origem pagã foram adatados pela Igreja para faciliitar a conversão dos povos de outras culturas, mas vale lembrar que para nós cristãos o verdadeiro símbolo da Páscoa é o cordeiro. O cordeiro é o símbolo mais antigo da Páscoa, é o símbolo da aliança feita entre deus e o povo judeu na páscoa da antiga lei. No Antigo Testamento, a Páscoa era celebrada com os pães ázimos (sem fermento) e com o sacrifício de um cordeiro como recordação do grande feito de Deus em prol de seu povo: a libertação da escravidão do Egito. Assim o povo de Israel celebrava a libertação e a aliança de Deus com seu povo.  Moisés, escolhido por Deus para libertar o povo judeu da escravidão dos faraós, comemorou a passagem para a liberdade, imolando um cordeiro.
         
João Batista disse: “Eis O Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” Para nós cristãos, o cordeiro é o próprio Jesus, Cordeiro de Deus, que foi sacrificado na cruz pelos nossos pecados, e cujo sangue nos redimiu: "morrendo, destruiu nossa morte, e ressuscitando, restituiu-nos a vida". É a nova Aliança de Deus realizada por Seu Filho, agora não só com um povo, mas com todos os povos.

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